O que Não Entra na Partilha na Comunhão Parcial de Bens?

 

Introdução: O processo de divórcio envolve a divisão dos bens adquiridos durante o casamento, mas alguns itens podem estar imunes a essa partilha. Neste artigo, exploraremos quais bens não entram na divisão do divórcio e os critérios que podem determinar essa exclusão. 

 

1. Bens Anteriores ao Casamento:

a. Princípio da Anterioridade: Bens adquiridos antes do casamento geralmente não entram na divisão.

b. Exceções: Caso esses bens tenham sido incorporados à vida matrimonial, podem ser sujeitos a discussões.  

 

2. Heranças e Doações Individuais:

a. Caráter Exclusivo: Heranças e doações feitas a apenas um dos cônjuges geralmente são excluídas da partilha.

b. Preservação da Origem: A preservação da natureza individual desses bens é fundamental. 

 

3. Bens com Cláusula de Separação Total:

a. Contrato de Casamento Específico: Se o casal possui um contrato de casamento com cláusula de separação total de bens, essa condição prevalece.

b. Limitações: Alguns estados podem impor limitações à validade de cláusulas de separação total. 

 

4. Bens Acordados por Escrito:

a. Documentação Formal: Acordos por escrito entre os cônjuges podem excluir certos bens da partilha.

b. Recomendação de Assessoria Jurídica: Consultar uma advogada para a redação adequada e legalidade desses acordos é aconselhável. 

 

5. Bens de Uso Pessoal e Profissional:

a. Instrumentos de Trabalho: Bens essenciais para o exercício da profissão ou atividade comercial de um cônjuge podem ser excluídos.

b. Critério de Necessidade: A exclusão dependerá da necessidade e vínculo direto com a atividade profissional. 

 

6. Dívidas Pré-existentes ao Casamento:

a. Responsabilidade Individual: Dívidas adquiridas antes do casamento são, em geral, responsabilidade individual do cônjuge que as contraiu.

b. Exclusão da Partilha: Em muitos casos, essas dívidas não entram na divisão dos bens. 

 

7. Exclusões por Decisão Judicial:

a. Avaliação do Juiz: Em certos casos, um juiz pode determinar que determinados bens sejam excluídos da partilha com base em circunstâncias específicas.

b. Apreciação do Melhor Interesse: A decisão visa, muitas vezes, proteger o melhor interesse das partes envolvidas. 

 

Conclusão: Compreender quais bens não entram na divisão do divórcio é crucial para garantir um processo transparente e justo. A orientação legal é recomendada, pois as leis podem variar dependendo da jurisdição e das circunstâncias específicas do casal. O diálogo aberto entre as partes e a busca por soluções amigáveis podem facilitar a divisão dos bens e contribuir para um processo de divórcio mais harmonioso. 

 

Jéssica Maranho da Silva Nascimento

Advogada, especialista em direito penal e processo penal pela Faculdade de Direito da Alta Paulista.

Áreas de atuação

Direito de Família

Violência Doméstica

Direito de Trânsito

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